As circunstâncias e o momento de mercado que o Brasil vivencia, pedem uma nova discussão acerca deste polêmico tema.
Dois perfis de líderes estão presentes em nosso mercado: ególatras e servidores. Antes que alguém se ofenda por prévia e equivocada associação, vamos separá-los:
Ególatras: Representam um perfil perigoso de liderança, pois têm carisma para atrair algumas pessoas que desejam liderar. Tais pessoas veem neles um suposto exemplo, mas somente lá adiante percebem que o “modus operandi” visava o próprio umbigo e não as pessoas a quem propunham liderar.
Adolf Hitler pode ser considerado um destes líderes ególatras. Mao Tsé-Tung e Benito Mussolini também podem ser encaixados neste perfil, com suas peculiaridades e circunstâncias sociais de suas gestões.
Os líderes ególatras são muitos inteligentes. Se usassem seu potencial em prol da humanidade, provavelmente teríamos algum representante deles como ganhador do Nobel, mas a verdade é que até hoje nenhum ególatra foi sequer indicado para tal, por uma razão simples:
Ególatras não pensam no coletivo, enxergam apenas pequenos grupos e quando os seguidores destes grupinhos percebem o engodo a que foram submetidos, a dissolução é constante e tais líderes passam a vida inteira formando novos pequenos grupos. É o turnover da liderança ególatra. Acontece na indústria, governo, comércio e pasmem: até mesmo no terceiro setor.
Alguns poucos, como os três exemplos acima citados, em dado momento conseguem acessar um público maior, mas o futuro lhes condena, pois quando se aproximam do poder, continuam enxergando apenas uma minoria de mútuo protecionismo. Alguma semelhança com boa parte de nossos políticos? Talvez não seja mera coincidência!
E agora, vamos apresentar ou reapresentar os líderes servidores, com os quais contaremos para a base deste e dos próximos séculos, em busca de uma nação melhor nos quesitos vendas, exportação, jornalismo e administração pública.
Servidores: Embora seja difícil para alguns ególatras dissociarem estes líderes do romantismo, em nome da sociedade brasileira registro neste texto um pedido: não o façam!
Os líderes servidores não se restringem a motivar simplesmente porque fazê-lo é belo e altruísta, mas sim porque é de sua natureza;
Os líderes servidores são dotados de todas as características necessárias para a prosperidade social e comercial, por conta da flexibilidade impregnada em seus comportamentos.
Se precisarem ser firmes diante de circunstâncias especiais, eles o serão, mas conhecem a diferença entre firmeza e grosseria. Para formar opinião, o emprego de suas vozes não precisa ser um grito alto e desafinado, como acontece com os ególatras.
Quem lidera pessoas pela servidão, PEDE. Quem o faz pela imposição, MANDA com requintes de inobservância do respeito!
Ao contrário do que se nota entre os ególatras, os líderes servidores não precisam “aparecer” a qualquer custo. Eles são discretos em suas conquistas e destinam os méritos às equipes que comandam.
Quando sentem holofotes virados para si, servidores os redirecionam para as pessoas que de fato merecem: aquelas que lhes fizeram chegar até ali, como seu público, equipe e família. Foi assim com Bernardinho, Ayrton Senna da Silva, Joaquim Barbosa e Sílvio Santos.
Para finalizar, ególatras sentem necessidade de provar constantemente, com todas as ferramentas possíveis, que existem pessoas aprovadoras de seus projetos. Publicam tantos depoimentos favoráveis, que seu público até cansa de acompanhar. Os líderes servidores somente mostram tais aprovações para quem solicita.
A PROPAGANDA é a alma do negócio? Isso funcionou um dia. No século XXI, a SERVIDÃO é a alma do negócio! Se propaganda bastasse, Mappin, Mesbla, Arapuã, Transbrasil, Varig, VASP e tantos outros gigantes não teriam fechado suas portas.
Dê o melhor de si para SERVIR a sociedade. Os servidores têm seu trabalho repercutido por muito tempo. Os ególatras também, mas cada um a sua maneira.
A escolha, como sempre, é apenas sua!
Visite nossos espaços: