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Turnover: Por que é tão alto no Brasil? - por Edilson Menezes

09/09/2013 18:53

De acordo com o IBGE, os dados em relação a emprego e desemprego são os mais difíceis de serem tabulados, por conta da altíssima rotatividade em todos os setores, com destaque para o comércio varejista e atacadista.

Nas pesquisas que venho realizando durante as entrevistas para contratação de treinamento, ouço sempre dos empresários que este problema é uma constante inexpugnável.

Os dedos tendem a mudar de direção, pois quando pergunto para os funcionários, eles apontam para os patrões, por inúmeros motivos. Em defesa, patrões alegam que a culpa é do governo, por conta dos impostos. Por sua vez, o governo fragmenta sua eventual culpa, dividindo-a hierarquicamente com os órgãos educacionais públicos, de modo que quanto mais próximo da base, mais “culpado” o político se torna.

Ainda não paramos para analisar que temos, enquanto pessoas físicas, grande responsabilidade na rotatividade de profissionais. Peço sua permissão para oferecer uma analogia matemática:

Pais que não leem + não participam da vida escolar dos filhos + não se informam + não conversam abertamente x filhos que crescem sem o prazer de ler + dúvidas que surgem sobre escolha da profissão = TURNOVER

Do ponto de vista social, todos nós temos uma parcela de culpa na rotatividade e na desqualificação da mão-de-obra nacional, a começar pelo exemplo citado. Precisamos preparar nossas crianças no sentido de se comprometerem com seus empregos. Não podemos aceitar “é assim mesmo”. Evidentemente, não estou insinuando que as pessoas são obrigadas a permanecerem infelizes em seus trabalhos, por outro lado, quando a MAIORIA contratada troca de trabalho com frequência, temos então a indicação do termômetro, no sentido de que algo está errado. Cada um deve fazer a sua parte. Afinal, não é “apenas” uma questão de comportamento social.

A demissão e a recontratação de profissionais deixa inseguros os empresários, que compram e estocam menos, enfraquecendo o consumo nacional. Estes mesmos empresários, entretanto, devem parar com o jeitinho brasileiro, o pagamento “por fora”, os funcionários sem registro e a velha mania de eleger pessoas não habilitadas para cargos de confiança e liderança.

Também cabe aos empresários a responsabilidade pelo fim do leilão humano. Enquanto eles oferecerem trabalho na empresa vizinha, com uma pequena diferença de salário ou benefício, apenas para “ter” a pessoa do concorrente, vivenciaremos a rotatividade.

A força de vendas que impulsiona este país é composta por pessoas brilhantes que aprenderam a vender imagem, ideias e convicções profundas. Estas pessoas carregam consigo a responsabilidade de passar o bastão da liderança e ensinar as novas gerações sobre a importante lição de liderar, pois parte do Turnover que acomete o cenário nacional vem exatamente da liderança. Como diz o Mestre Massaru Ogata, eventualmente os funcionários “não se demitem da empresa, mas sim dos maus chefes”.

Resta ainda uma última tarefa para reduzirmos de vez a rotatividade: a fim de fazer jus ao nosso caloroso estilo brasileiro de trabalhar, precisamos de empresas menos frias, nas quais as pessoas saibam os nomes dos amigos com quem convivem, conheçam seus filhos, aspirações e qualidades. Ao invés disso, normalmente a frieza do ambiente corporativo permite que as pessoas conheçam apenas os “pontos fracos” umas das outras. Como uma empresa é composta por pessoas, não podemos permitir nos relacionar com a mesma frieza que observamos em outras nações. Esta frieza carrega o ar da empresa de uma energia pesada e insalubre. Mais cedo ou mais tarde, os funcionários perdem o prazer de passar oito horas em um ambiente assim e se desligam.

Os empresários devem investir em treinamentos que despertem a inteligência emocional. Não é mais opção ou luxo, é um compromisso que evita a dispendiosa rotatividade. Podemos investir nas pessoas ou afirmar “que no Brasil é assim mesmo”. Mas, se a segunda opção for imperativa, nada mudará.

Outra equação: ambiente de nossas empresas leve e prazeroso + pessoas felizes e motivadas + salários justos + comissões generosas a quem vende nossos produtos x treinamento constante + liderança servidora = FIM DO TURNOVER.

Pode ser mais simples do que se imagina...

A escolha, como sempre, é apenas sua!

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