Quero aqui deixar um importante recado para você, cuja estratégia de marketing supostamente é agressiva: você pode tropeçar nos detalhes. Observo vendedores de diversos segmentos anunciando desta forma:
Seu bordão:
- A única casa realmente completa!
Como seu cliente vê, sente ou escuta:
- E por acaso as outras não têm paredes?
Seu bordão:
- O único carro realmente confortável!
Como seu cliente vê, sente ou escuta:
- É mentira, o meu também é super confortável!
Seu bordão:
- A única aula com técnicas reais, onde você aprende de verdade!
Como seu cliente vê, sente ou escuta:
- Quem ensina “de verdade” não precisa ficar prometendo como um político em véspera de eleição!
O consumidor do século XXI é dotado de flexibilidade em suas escolhas. Se você acha que vai vender mais simplesmente porque usa bordões de efeito da era Abelardo Barbosa, talvez seja a hora de rever os seus conceitos e usar bordões mais humildes. Vamos exemplificar um bom slogan para os mesmos produtos e serviços:
- A casa dos seus sonhos pode estar aqui!
- Um carro feito com carinho para o seu conforto!
- A aula que oferece os resultados que você procura!
Em suma, o cliente comprará de você a humildade impregnada de brilhantismo e dificilmente comprará a arrogância impregnada de desdém para com os concorrentes.
O motivo é muito simples: ao longo da história, espertalhões mancharam a reputação de vendedores brilhantes e enganaram as pessoas com frases de efeito, de modo que isso já ficou gravado na memória do cliente. Não há problema em usá-las, desde que você não imagine que seu cliente é tolo a ponto de achar que somente o seu produto ou serviço poderá fazer a diferença na vida dele.
Há também quem pense que o caminho seja “no grito” e por isso sai aos brados por aí. O feirante que tem melhor performance é aquele cuja barraca é completa. Quanto ao feirante que só grita e pouco conteúdo tem para oferecer, sua possível “freguesa” passa no corredor oposto porque não suporta mais ouvi-lo.
Temos feirantes prepotentes. Pare e observe aquele que coloca uma placa em suas frutas: “Melancia da Bahia – Doçura e Autenticidade”.
O feirante humilde simplesmente desfere alguns nacos da melancia e os dispõe para quem quiser experimentar. Ele vende uma após a outra e respeita os concorrentes.
Podemos comprar o exemplo do feirante e vender as nossas melancias com humildade, brilhantismo e comprometimento ou podemos comprar o abacaxi da arrogância que muitos propõem por aí e ficar com ele para sempre, pois ninguém gosta de descascar abacaxi alheio.
Olho vivo, galera querida!
A escolha, como sempre, é apenas sua!
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